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Universitários amapaenses se preocupam com futuro dos estudos após anúncio de bloqueio das verbas

Governo Federal anunciou e formalizou por documento bloqueio de orçamento das Universidades e Institutos Federais


Foto: Lorena Lima


Na última quarta feira (5) o Governo Federal formalizou por meio de documento o bloqueio de recursos do Ministério da Educação para as contas das Universidades e Instituições Federais no Brasil. Ainda no mês de setembro o governo do Presidente Jair Bolsonaro havia anunciado bloqueio no orçamento da união de pelo menos R$ 2,6 milhões, mas não havia especificado qual setor seria prejudicado.



De acordo com o jornal ‘Congresso em Foco’, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF) também manifestou preocupação com o novo corte orçamentário. Segundo o conselho, o “contexto financeiro e orçamentário caótico” prejudica os estudantes, especialmente os que necessitam de assistência estudantil; bolsas de estudo, transporte, alimentação, internet e outros elementos essenciais não poderão mais ser custeados após a perda de recursos.



Paulo César dos Santos Lima é estudante de ciências biológicas na Universidade Federal do Amapá em Oiapoque, ele é bolsista de iniciação científica e precisa ir de Santana até o norte do estado para trabalhar no projeto de extensão, que estuda a medicina amazônica, saberes culturais e divulgação para a sociedade.


“E agora com esse corte do nosso atual presidente, implica muito na questão do pagamento das bolsas de iniciação científica incluindo a minha. O projeto de extensão que eu faço parte busca potencializar saber esculturais na região amazônica: desde o uso da medicina tradicional como o uso das plantas no tratamento de diversas doenças quando essas comunidades esses povos que vivem na Amazônia não tem um acesso diretamente a determinada de tratamentos”, explica Paulo César.


“Eu preciso de transporte para ir até a universidade e sem dinheiro pelo transporte eu não tenho como ir para ir até o laboratório ou até mesmo da internet para poder fazer pesquisa para poder ir a campo para trazer o conhecimento”, desabafa o acadêmico de ciências biológicas.


Adriana de Melo Andrade também é moradora de Santana e estuda no Instituto Federal do Amapá (IFAP) no campus Macapá, ela é acadêmica do curso de Licenciatura em Letras e Inglês e recebe auxílio do IFAP para conseguir custear os estudos e sua locomoção para o instituto.



“Se o corte acontecer e nós não recebermos o auxílio em Novembro e Dezembro eu não sei se vou ter condições de continuar estudando. Estou desempregada e preciso para custear o transporte e me locomover para o campus e assistir às aulas”, revela Adriana.


Adriana também traz a importância da conquista do direito para as estudantes mulheres, pretas, pessoas indígenas e quilombolas ao ensino superior, e que é importante continuar lutando por esses direitos garantidos.

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