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A docente pode responder a processo administrativo por desrespeitar alunos com posicionamento político oposto ao dela
Professora Sheylla do curso de Farmácia. Foto: Unifap
Na manha dessa quinta (3) a professora do curso de Farmácia na Universidade Federal do Amapá (Unifap) Sheylla Susan Almeida se retratou em suas redes sociais. Em nota ela pediu desculpas aos alunos Líbio e Débora por ter se negado a orientar trabalho por eles apoiarem o presidente eleito Lula. A professora supostamente apoia o atual presidente Bolsonaro e se disse contra “esquerdistas” por mensagens por aplicativo em grupo com alunos.
Print das mensagens em grupo entre professora e alunos. Foto: Divulgação UNE
“Dessa forma, no calor das eleições, acabei me excedendo nas palavras onde disse para dois alunos que procurassem outro orientador. No entanto, minha missão como professora não acolhe esse tipo de conduta”, diz a educadora em nota.
Durante essa quarta (2), feriado de Dia dos Finados, os prints das conversas por aplicativo vazaram nas redes sociais, onde a professora afirma que entregaria carta de desistência da orientação dos alunos por não querer esquerdistas no laboratório. “Ou estão comigo, ou contra mim. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento”, disse a professora Sheylla nas mensagens.
Foto: Unifap
O print foi divulgado pela União Nacional do Estudantes (UNE) e teve repercussão nacional. Ainda na noite de terça fontes da reitoria afirmaram a reportagem que vão tomar conhecimento dos fatos, ouvir as partes e tomar medidas sobre a situação.
Na mesma noite a assessoria da Unifap emitiu a seguinte nota: “A Universidade tomou conhecimento por meio das redes sociais de um fato caracterizado como assédio, desta forma, vem à público mostrar sua indignação e contrapor reoressão de liberdade de pensamento”. Ainda afirma que as providências necessárias serão adotadas após devidas apurações.
Nota divulgada pela Assessoria da Unifap
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