A carnívora veio da Antártida e é a primeira da espécie a chegar na região Norte
Jubarte jovem encontrada no Bailique mede 11 metros de comprimento. Foto: Nonato Santana
Por Lorena Lima
Pesquisadores e universitários no Museu Sacaca preparam esqueleto da baleia-jubarte para montagem em exposição. O processo de limpeza e organização dos osso dura cerca de três semanas. A ossada chega aos 11 metros de comprimento e quase todas as partes foram resgatadas.
A Megaptera novaeanglie foi encontrada encalhada por moradores do Bailique, na Ilha Vitória, em dezembro de 2018, eles divulgaram fotografias em grupos de mensagem e o Instituto de Pesquisa Científica (IEPA) enviou no mesmo mês uma equipe para realizar a coleta do material genético da baleia. Estima-se que estava morta há pelo menos três dias.
Cabeça da baleia-jubarte. Foto: Nonato Santana
De acordo com a geógrafa Cláudia Funi, essa espécie é a primeira a chegar na região norte. "Moradores do Bailique ajudaram a tirá-la com segurança, pois uma pororoca a arrastou por dois quilômetros. Ela foi enterrada em janeiro no IEPA para limpagem e em julho desenterrada", conta a especialista.
Acredita-se que a jubarte jovem seja do sul, especificamente na Antártida, e que migrava próximo ao norte do Brasil para reproduzir.
Jubarte de frente. Foto: Nonato Santana
"Posteriormente a limpeza vamos realizar o clareamento, em seguida a restauração de peças danificadas, e quando tudo isso vamos começar o processo de osteomontagem (estruturação do esqueleto)", explica o biólogo especialista em Osteomontagem Antônio Carlos Amâncio.
Partes da ossada que serão limpas. Foto: Nonato Santana
A baleia-jubarte, também cohecida como baleia-corcunda ou baleia-cantora, é carnívora e pode chegar aos 30.000Kg e 16 metros de comprimento. Sua espécie vive nos extremos norte e sul e é a primeira a chegar ao norte do Brasil.
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