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  • Foto do escritorLorena Lima

Amapá registra quase 6 mil denúncias de violência doméstica só esse ano

Operação da Patrulha Maria da Penha visa frear altos índices de crimes contra mulheres no estado


A Polícia Militar iniciou nessa segunda-feira (21) a Operação da Patrulha Maria da Penha, a qual tem como objetivo fiscalizar casos de denúncias de violência contra mulheres no estado do Amapá.


O trabalho faz alusão ao Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher, celebrado no dia 21 de novembro. Em mais de 180 países são realizadas ações de enfrentamento a epidemia da violência de gênero, e no Amapá através da segurança pública é tentada uma intensificação de acompanhamento nos casos.



As Patrulhas Maria da Penha visitam as residências de mulheres que denunciaram ex companheiros por agressão, ou ainda vivem no mesmo ambiente que seu agressor, ou possuem uma medida protetiva contra o acusado. O capitão Edson Cavalcante do Comando Geral da Polícia Militar no Amapá explica como são realizadas as patrulhas.


“As equipes são compostas pelas batalhas diárias da PM de Macapá e Santana, apesar de já ter a gente já também ter feito algumas intervenções de fora da capital anos anteriores. Nesse trabalha há pelo menos uma policial que passou por curso específico para o tratamento com vítima de violência contra mulher. A atividade visa reprimir importunação, o cara tem que manter a distância mas ele ainda fica o importunando”, explica o capitão Edson.


Em um dos casos o agressor chegou a ligar para a vítima após ela ser assistida pela equipe da Patrulha Maria da Penha, como uma forma de intimidá-la, a saber, porque estava com policiais em sua residência. Muitas mulheres que possuem a medida protetiva, que é uma decisão judicial para o agressor manter certa distância, ainda continuam inseguras pois o acusado se aproxima e tenta contato seja para ameaçar, amedrontar ou tentar reatar. É importante lembrar que a medida protetiva pode ser uma ferramenta de punição a homens que descumprem a lei.



Só nesse ano de 2022 o CIODES, serviço de dique denúncia para emergências, registrou até o fechamento dessa matéria 5800 denúncias de violência contra mulher. É preciso relembrar constantemente de que o ciclo de violência é gradual, começa com ameaças, agressões físicas, isolamento e quando não freada pode infelizmente acarretar em um caso de feminicídio.


Só no ano passado o mapa da violência contabilizou que a cada sete minutos uma mulher era vítima de feminicídio no país. Esse crime é categorizado em casos no qual o homem mata pela razão do gênero, principalmente por não aceitar o término de um relacionamento.


A expectativa é que com a Patrulha Maria da Penha seja possível gradualmente frear o cliclo de violência e uma cultura ‘enraizadamente’ dominada pelo machismo e pela ideia de que a mulher é uma posse.



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